MATERNIDADE, SHEILA HETI Ser ou não ser mãe? Eis a questão! O imperativo à maternidade, o filho como única (im) possibilidade de completude e realização da mulher. Nesse lugar, cabe escolha? Sem julgamentos, apedrejamentos e olhares tortos? Uma coisa é certa: de exato, simples, linear e livre de contradições, nada tem o ser humano. Somos mistura de complexidade, ambivalência, oposição, indecisão… Desde os primórdios buscando respostas para dar sentido à nossa existência. E a maternidade é isso no meio do caos da humanidade. Em um momento da história, o ultimato: o único caminho para uma mulher encontrar o sentido da sua vida seria o filho. Esqueceram de mencionar que o bebê vêm, justamente, convocar a falta, a desidealização, a incompletude. Maternidade tem prós e tem contras, tem ganhos e tem perdas, tem amor e tem ódio, tem harmonia e desarmonia, tem medo e tem confiança, tem poder e tem impotência, é repleta de contradições. O livro de Sheila Heti se configura como um romance coraj
Desenvolvendo crianças e famílias para transformar a sociedade